A caixa é um espetáculo escrito por Alcir Nunes há mais de 15 anos. Caracterizado como drama psicológico com carácter filosófico e reflexivo. Na trama um soldado, uma bailarina e um palhaço estão presos em uma espécie de sala grande e escura, com paredes pretas e uma pequena fresta de luz entrando pelo teto. O palhaço não possui ossos e fica jogado ao chão, o soldado revive constantemente os traumas da guerra e da perda de seus amigos em batalha, a bailarina perdeu a memória e se vê envolta em flashs do passado que não compreende, que não fazem sentido e que mexem com suas emoções.
Os três personagens discutem e debatem onde estão, porque estão ali, o que são e o que é aquele lugar. Assim o espetáculo adquiri um ar reflexivo onde a angústia dos personagens se torna ao mesmo tempo palco e enredo das angústias dos próprios espectadores, fazendo do palhaço, do soldado e da bailarina ao mesmo tempo os elementos da consciência de qualquer ser humano, onde razão e emoção, memória e esperança, estão sempre em guerra.
Para o Diretor Diego Sabádo, montar este espetáculo é um grito de resistência e perseverança. Em meio a Pandemia, com ensaios online e finalmente com a decisão de estrear presencialmente, com apenas 20 pessoas por sessão, pois a arte é o que nos mantém vivos, o show precisa continuar, e o teatro é mais um combustível pra esse sonho de futuro. Segundo o diretor trata-se de um texto forte e profundo, carregado de possibilidades de reflexão e envolto em temáticas absolutamente necessárias para nossa época.
Para Yasmin Santos, atriz que vive a Bailarina, apresentar este espetáculo é vivenciar os sentimentos mais avassaladores da humanidade, tristeza, raiva, amor, desespero, angústia, euforia. Cada um destes sentimentos estão presentes ao longo do espetáculo, e tenho certeza que o público vai sentir junto com a gente cada um deles.
Para Miguel Silva, ator que vive o Palhaço, o espetáculo possui muitos caminhos e conclusões, é uma obra aberta que certamente vai mexer com a cabeça do público.
Para René Coelho, ator que vive o Soldado, trata-se de um espetáculo legendário, mesmo que trate-se de um momento apenas, 50 minutos de diálogos vicerais.
O espetáculo estará em cartaz durante todo mês de julho, as sextas feiras, sempre as 20 horas, no Teatro de Bolso Atores em Cena, localizado na Avenida Nazaré, 435, esquina com Benjamim Constant.
Respeitando as normas de segurança e protocolos contra a Pandemia cada sessão tinha apenas 20 lugares disponíveis. Quem fez a preparação de elenco e a iluminação foi Gê Souza.
A CAIXA foi o segundo espetáculo teatral do Instituto Lumiee e foi mais uma parceria da nossa ONG com o Centro Cultural Atores em Cena. A Caixa ficou em cartaz durante todo o mês de julho de 2021, no Teatro de Bolso Atores em Cena e já tem data para voltar aos palcos em setembro de 2021.
NOTA: todas as fotografias são de Bruno Moutinho.
